
- Assuma a sua ignorância
Quando olha para os empresários que mudaram o mundo, apercebe-se de que a maioria o fez quando ainda era jovem. O motivo é simples: quando somos jovens, não temos a noção do que não sabemos. E isso faz com que nos sintamos poderosos. Se soubéssemos a dificuldade do caminho que estamos prestes a iniciar, provavelmente ficaríamos quietos.
- Não se preocupe, arrisque
Muitas pessoas passam demasiado tempo a planear, e muito pouco tempo a fazer. Segundo a experiência de Kawasaki, não é preciso um plano de negócios de 50 páginas, com detalhes sobre a tecnologia, estratégia de implantação, antecedentes da equipa, para no quarto mês do quinto ano saber quanto irá gastar num toner.
O melhor argumento de um empresário é: “Deixe-me mostrar-lhe o produto.” Esse é o primeiro passo para mudar o mundo: começar.
Lance o produto. Descubra à medida que vai avançando. O mais importante não é onde começou. Mas sim a rapidez com que consegue mudar.

- Escolha pessoas que adoram o que fazem
Ao selecionar possíveis funcionários, a maioria das pessoas aplicam dois critérios: formação e experiência profissional. Guy Kawasaki aprendeu que o segredo para formar uma equipa de pessoas que vão mudar o mundo consigo é adicionar mais um: eles adoram o que fazemos?
Eles adoram o facto de construirmos um automóvel, de produzirmos uma prancha de surf, de criarmos um website? O candidato pode ter a formação certa e a experiência profissional adequada, mas se não tiver a paixão, se a ideia de que irá trabalhar nisto não acelerar a sua pulsação, não é a pessoa certa para si. Em caso de dúvida entre a experiência profissional e a formação, escolha a pessoa que adora o que faz.
- Evolução constante
O ponto de partida essencial para quem pretende inovar é estar em constante evolução. Em vez de ficar concentrado no mesmo projeto, tentando melhorá-lo em 10%, passe ao nível seguinte.
Um exemplo: em 1900, nos EUA, havia quem dedicasse a recolher gelo num lago gelado, para o comercializar noutro local. Trinta anos mais tarde, surgiram fábricas de gelo que era colocado em camiões e vendido porta a porta. Hoje, todos temos a nossa própria fábrica de algo pessoal: chama-se frigorífico.
Nenhum “colhedor”de gelo se tornou numa fábrica de gelo, e nenhuma fábrica de gelo se transformou numa empresa de frigoríficos. E é este o problema: a maioria das organizações definem-se pelo que já fazem. No entanto, as grandes tecnologias que podem mudar o mundo surgem porque alcançam o nível seguinte. E não porque conseguiram melhorar um pouco o seu desempenho no mesmo nível.

Perfil de Guy Kawasaki
É um dos rostos mais proeminentes de Silicon Valley. Iniciou a sua carreira na Apple, a trabalhar com Steve Jobs e promover o primeiro Macintosh, em 1984. É um autor e orador conceituado e um investidor de capital de risco de sucesso. É um surfista ávido – e um embaixador da Mercedes-Benz.
Créditos: Mercedes-Benz magazine